sexta-feira, 20 de abril de 2012


Naquela manhã abri os olhos e não reconheci o teto, o quarto bagunçado e a cama. As roupas espalhadas pelo chão e o pacote de camisinha aberto me sugeriam que a noite anterior havia sido boa. A amnésia alcoólica não servia mais como desculpa,  era verídica, e a cada fim de semana eu acreditava mais que a bebida era minha inimiga.
Procurei o pedaço de roupa mais perto de mim, e não foi tão difícil no amontoado de roupas que havia no pé da cama.
Pus uma camisa dele e levantei da cama;  Felizmente o banheiro era ao lado do quarto e não precisei pagar o mico de sair pela casa procurando por ele.
Mas, o fato mais importante e intrigante da minha aurora era: com quem eu havia ido pra cama? Essas coisas acontecem, vez ou outra, você acaba se deixando levar pela situação, pelo momento, esquece de dizer não e quando acorda não sabe onde está.
O carinha apareceu na porta do quarto com um comprimido pra ressaca, que eu tomei apesar de não estar me sentindo mal, e um copo de café, que é sempre bem vindo.
Ele não era feio não, graças a deus, mas eu não fazia idéia de quem ele era.