segunda-feira, 25 de julho de 2011

Torta de limão

Era um casamento chato. Ventava muito. A felicidade transbordava dos olhos das pessoas e eu estava sentado naquela mesa sozinho.
Ninguém me perguntava como eu estava ou dizia ter saudades de mim.Eu era apenas um amigo do noivo, sem namorada, sem amiga, sem companhia; e não me incomodava com isso.
As crianças brincavam de pega-pega, corriam pelo campo. A festa era atrás da igreja.
A comida era mais ou menos, a bebida era alcoólica e as crianças correndo ao redor da minha mesa já estavam me irritando.
Até uma delas sentou na cadeira em frente a minha.
Seu rosto era infantil, a maquilagem borrada da correria das brincadeiras. Seus olhos exalavam um certo ar sensual, e ela me olhava me analisando, como se fosse um teste pra saber se eu merecia ter aquela pequena imagem na minha mesa.
O vestido dela parecia um bolo fofo, os pés estavam descalços e sujos de terra.
A menina abriu um sorriso. Acho que fui aprovado.
As mãos pequenas e estabanadas puxaram as várias camadas do vestido pra cima, ela apoiou uma perna na cadeira e eu pude sentir meu corpo arrepiar.Deixara a mostra uma perna inteira de inocência, e sou olhar lascinante começava e me incomodar.
Ela estava me provocando, a alça do vestido bolo caiu e ela me olhou, como se perguntasse, " quanto tempo vai aguentar tio?"
Os garçons passaram com a sobremesa, torta de limão. Eu peguei um pedaço pra mim e outro pra minha Lolita.
Ela passou os dedos na cobertura e os lambeu. Seu rosto ficou sujo num canto e eu queria limpá-lo com a boca.
Naquela altura do campeonato eu queria arrancar as várias camadas que cobriam o corpo delicioso daquela ninfeta. Que comia o recheio da torta olhando pro meio das minhas pernas. Eu olhava pros lados meio desconfiado, com medo de que alguém visse, mas era como se de repente tivéssemos ficado invisíveis.
Minha menina era o recheio da minha torta. E eu queria passar direto pela cobertura e comê-la ali, na mesa.
E senti meu pau ficar duro.

Eu não sei o que minha Lolita queria, e nunca saberei, na hora que ia puxar sua cadeira pra perto da minha, pois, já imaginava sua vagina, pequena de menina, toda molhada e queria por meus dedos nela, estar entre seu ventre e vê-la gozar e gritar num orgasmo extraordinário, bem nessa hora, sua mãe a chamou de longe e minha ninfeta olhou pra mim, sorriu, deu um beijo na trave e foi embora, levando com ela meus sonhos perturbados de possuí-la.

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